-
-
João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada -
- O perigo da negligência
-
1
|Hebreus 2:1|
Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos.
-
2
|Hebreus 2:2|
Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo,
-
3
|Hebreus 2:3|
como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;
-
4
|Hebreus 2:4|
dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade.
- Jesus coroado de glória: sumo sacerdote idôneo e compassivo
-
5
|Hebreus 2:5|
Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando;
-
6
|Hebreus 2:6|
antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites?
-
7
|Hebreus 2:7|
Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos].
-
8
|Hebreus 2:8|
Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas;
-
9
|Hebreus 2:9|
vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem.
-
10
|Hebreus 2:10|
Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles.
-
-
Sugestões

Clique para ler Hebreus 7-9
13 de Dezembro LAB 713
HEBREUS 6:4-6
Hebreus 04-06
Hebreus 6:4-6, aparentemente, parece ensinar que não há esperança de arrependimento ou de re-aceitação divina para aqueles que aceitaram a Cristo e depois o rejeitaram. As afirmações aqui consignadas pelo apóstolo trouxeram sérios problemas para a igreja cristã, especialmente durante as perseguições, quando alguns fraquejaram e posteriormente arrependidos de terem sido tíbios na fé quiseram voltar, muitas comunidades cristãs não queriam aceitá-los escudados em Hebreus 6:6.
Mas isso parece contraditório ao próprio cristianismo, pois os evangelhos ensinam que Cristo está sempre de braços abertos para receber o mais indigno pecador, que reconhece o erro e apela pelo perdão, como nos relata Mateus 18:22 e se comprova na triste experiência de Pedro. Em contrapartida, outra verdade escriturística deve ser lembrada: não há esperança para quem consciente e deliberadamente rejeita os ensinamentos de Cristo e o seu sacrifício vicário em nosso favor.
Portanto, esta passagem deve ser estudada em paralelo a 10:26-31 e 12:15-17; 25-29. Da leitura de Hebreus 6:4-6 juntamente com as outras passagens correlatas, deduzimos que Paulo fala de pessoas que propositadamente rejeitaram a Cristo e os princípios do evangelho.
Algumas pessoas ficam perturbadas com estes textos, pensando que é possível que eles se refiram ao apostatado comum, que em seu coração jamais rejeitou ao Senhor, e que está constantemente pensando que algum dia voltará a servi-lo novamente. E muitas vezes, quando ele começa a penar seriamente em fazer isto o mais depressa possível, o Diabo o confronta com estes textos, da mesma forma que confrontou o próprio Cristo com textos da Escritura, procurando dar-lhes uma aplicação errônea.
O texto fala de indivíduos que verdadeiramente iluminados. Verdadeiramente provaram o dom celestial, e sabem por experiência o que ele significa. Tornaram-se participantes do Espírito Santo. Provaram a Palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro. Sua experiência alcançou as profundezas de um conhecimento definido, de forma que conheceram os explícitos fundamentos do divino dom. E então esses indivíduos se afastam de tudo isto, e, segundo o texto citado do décimo capítulo de Hebreus, consideram o sangue da aliança, pelo qual foram sacrificados, como coisa profana, comum. Desprezaram o Espírito da graça. Trata-se de uma deserção real que leva um homem a renunciar as coisas que ele realmente sabe serem a verdade, desrespeitando e desprezando Espírito Santo.
Logo, a maioria dos teólogos aceita que a apostasia aqui referida é o ato de cometer o pecado imperdoável (Mat. 12:31-32), uma vez que esta é a única forma de apostasia que é sem esperança. Para John Cotton: “nada pode existir nesta passagem que nos leve a duvidar da total misericórdia de Deus, pois do contrário, esta passagem destruiria o evangelho”.
Valdeci Júnior
Fátima Silva